11 janeiro 2013

20 dezembro 2012

18 dezembro 2012

Ismália 2012

   vi Ismália na parede
na mureta de um segundo andar
       não vi lua no céu
      nem vi lua no mar
mas me vi um pouco Ismália
   com vontade de pular

     nesse meu desvario
longe de um bom pensar
    queria que Deus me desse
as tais asas pra voar
     assim a alma subiria ao céu
e o corpo desceria ao

          [cimento]

16 dezembro 2012

15 dezembro 2012

questões pertinentes

se escrevo me inscrevo como provocador de novas possibilidades sensíveis? 

em qual utopia colocamos a cabeça pra dormir?

pra onde vão as poesias quando escapam do topo da cabeça?

que tipo de sensibilidade optamos fingir sentir?

quantas palavras são necessárias para fazer alguém cair no abismo?

há poesia sem deslocamento de percepção?

porque não colocam poesias nos tubos de pasta de dente?

29 novembro 2012

(p)articipantes

soube de um artista que fazia arte só no olhar
como aqueles poetas que fazem poesia só no falar
pessoas que na verdade fazem poesiarte só no existir
e que pra isso não precisam fazer
quase nada

23 novembro 2012

só um poema

um poema
é só um poema
pra nada
nem ninguém

se um poema
for pra algo
e alguém
não é mais um poema
mas uma intenção

a poesia não quer nada
em troca
de nada
a poesia não quer
não tem
a poesia só é

20 novembro 2012

mergulho

tenho escritos muitas coisas
mas tenho preferido esconde-las
do mundo
de mim
porque as coisas dizem tanto
de mim
do mundo
que seria como mergulhar a força
pelo ouvido de cada um

05 novembro 2012

con(com)tato

no  toque,
o choque:

                  P                                                         O
                                                   S              
E                        L                                                                        !
       X                                                           Ã
                                       O