31 janeiro 2010

As palavras me chegam mansas,
as vezes em desordem,
se misturando com os sentimentos.
Ou na verdade estaria criando-os?

Eu nunca sei, eu nada sei.
Do que posso eu saber?
Só as coloco para fora porque
dentro de mim ninguém consegue ver.

Não sei ao certo se a ordem
agora está certa porque por dentro
sou todo confusão queita,
como diria Pessoa,
sou todo um pouco pessoas distintas,
como diria a confusão.

Na verdade eu nunca sou,
e talvez nunca tenha sido.
Mas me sinto bem assim,
fingindo ser o que nunca serei.

24 janeiro 2010

E se tudo vier a acabar?
O que será da poesia,
se nunca for lida,
se não houver tempo?

Conseguiria ela sobreviver?
Não sei, mas eu não!