O barquinho arredondado descia pelo leito do rio, seguindo sua leve correnteza, quando foi pego, de surpresa, pela estranha estreiteza. Emperrado, o barquinho parou, assustado, o viajante fitou; a sua volta apenas o branco do papel em que tudo era desenhado. O desenho estava todo errado, não era pra entalar o pobre coitado! Mas o desenhista, esperto que era, queria mesmo é fugir do enlatado. Tentou surpreender a todos com um leito fininho e um barco gordão, mas o desenho não lhe rendeu nem um pedaço de pão.
28 outubro 2010
Poemeto do serial killer da Mata preservada.
te mato
no mato
apenas por prazer
um ato
nefasto
que ninguém quer ver
mas veja, querida
eu sou um animal!
o seu mal é o meu bem
e o seu bem é o meu mal!
no mato
apenas por prazer
um ato
nefasto
que ninguém quer ver
mas veja, querida
eu sou um animal!
o seu mal é o meu bem
e o seu bem é o meu mal!
27 outubro 2010
25 outubro 2010
23 outubro 2010
18 outubro 2010
Minha primeira canção punk
ratos de porão
ratos de laboratório
todos estão na merda.
todos estão na merda! (voz bem fina)
ratos bem cuidados
dentro de gaiolas
ratos maltratados
nos porões de escolas
todos estão na merda.
todos estão na merda.
todos estão na merda!
todos estão na merda! (voz bem rasgada)
(arroto final)
ratos de laboratório
todos estão na merda.
todos estão na merda! (voz bem fina)
ratos bem cuidados
dentro de gaiolas
ratos maltratados
nos porões de escolas
todos estão na merda.
todos estão na merda.
todos estão na merda!
todos estão na merda! (voz bem rasgada)
(arroto final)
16 outubro 2010
o toque
falou-me de saudade
fingi não entender
amou-me com o olhar
fingi não perceber
abraçou-me em pensamento
fingi não corresponder
tocou-me em alguns poucos átomos
fingi? não, não consegui fingir mais nada...
fingi não entender
amou-me com o olhar
fingi não perceber
abraçou-me em pensamento
fingi não corresponder
tocou-me em alguns poucos átomos
fingi? não, não consegui fingir mais nada...
08 outubro 2010
Dinheiro
Dinheiro é feito de papel -
vale mais que o azul do céu
pro poeta que passa fome.
Dinheiro é feito de papel -
vale um pedaço do céu
vendido na igrejinha sem nome.
Pedaço de papel
que compra mel
que compra véu
que compra anel
que compra gel
que compra farnel
Que corrompe coronel!
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