20 dezembro 2012

18 dezembro 2012

Ismália 2012

   vi Ismália na parede
na mureta de um segundo andar
       não vi lua no céu
      nem vi lua no mar
mas me vi um pouco Ismália
   com vontade de pular

     nesse meu desvario
longe de um bom pensar
    queria que Deus me desse
as tais asas pra voar
     assim a alma subiria ao céu
e o corpo desceria ao

          [cimento]

16 dezembro 2012

[escrito no muro]

escrito no muro:

ver de verdade

completei assim:

mim de mimtira
ser de sereja
na ponta do existir

15 dezembro 2012

questões pertinentes

se escrevo me inscrevo como provocador de novas possibilidades sensíveis? 

em qual utopia colocamos a cabeça pra dormir?

pra onde vão as poesias quando escapam do topo da cabeça?

que tipo de sensibilidade optamos fingir sentir?

quantas palavras são necessárias para fazer alguém cair no abismo?

há poesia sem deslocamento de percepção?

porque não colocam poesias nos tubos de pasta de dente?