21 maio 2010

A mão que escreve e vive

O frio, a luva, a mão fria.
Se dá ao luxo de ser fria por ter a luva,
Se não tivesse, teria que se esquentar.
Mas tem, e continua fria.
Inútil luva!

Se eles soubessem o desconforto
Do frio constante
Me olhariam de outra forma,
Talvez mais apoiadora.
Talvez não!

Morrer de frio é impossível!
Dito de que não o conhece.
Tão mortal quanto qualquer tal
Que se atreve a tirar a vida em massa.
Sem razão!

Escrever esquenta a mão.
Mais eficaz que a luva,
Porém mais doloroso.
Que angústia escrever e lembrar das dores humanas.
Inútil luta!

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