30 agosto 2010

despe(r)dida

a despedida
é um estica do peito
que estica
estica
estica
até doer,
mesmo sem romper.

e quando o romper é impossível
o estica é (quase) infinito
e a dor também.

sorte que toda despedida
(que estica, estica, estica...)
é tão elástica
elástica
elástica
que quando chega no limite
volta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário